segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quatro tardes

Tenho tudo verde,
o chão que antes
me mantinha agora
se equilibra sob mim.
Os olhos não fecham,
mas eu não vou gritar.

Tenho idéias pulsando
no corpo mole, mundano,
que se joga no sofá.
Quero paz às minhas pernas;
não vou me levantar.

Tenho música no coração
e o suor escorre como água.
Sou eu uma massa de pele que
morde e engole as mãos,
que tremem sem parar de dançar.

Tenho dores por todo
o corpo que insiste em
desequilibrar, no meio
do salão. Corro, derrubo,
trombo, só quero vomitar.

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