sábado, 19 de janeiro de 2008

A lebre e a tartaruga

Quando mais primeira vez,
não tiver pressa de chegar,
chegar e nenhum lugar,
vendo o futuro, infinito, cativante,

comendo cada instante

do meu constante esperar.

Mas se espero é porque sei que não quero
ter pressa de para trás ficar.

Mais primeira vez,
espero e venero cada momento

que o mundo vem mostrar

o barulho do silêncio

o caminhar dos segundos
o ritual dos ventos
Tudo existe na condição de ensinar

E quem sentindo, sereno, porém atento aguardar
o momento mágico e preciso de levantar
e fazer valer
a cansada condição de esperar

E quando primeira vez,

não tiver pressa de chegar

verei que já terei chegado

em algum lugar

antes e mais aprumado

daquele que saiu antes, apressado
tentando me ganhar.

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