terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Mais um dia...

Seis da manhã, avental vestido,
cigarro tragado, café bebido.

Caixas de comida, gritos perdidos.

Vai ser daqueles dias, todo listo.


Pra começar, pega a caixa de batatas,

a de cebolas, os alhos e o creme de leite.

Descasca tudo e não esquece o chapéu.
Amola a faca, traz o lixo e a tábua verde.


Batatas-doce e da terra lavadas.

Fatia elas bem fininho com o fio da faca.

Mais fino, porra! Que chefe é esse?
Uma hora passou e o calor cresce.

Pega as cebolas já descascadas,
corta em quadrados pequenos.
Ele tá chorando, prenda rendada,
É menor que isso, como as que tenho.

Traz o alho, corta e amassa,
mistura o sal e experimenta.
Se arder a língua, está bom
Se não, olha o relógio e refaça.


Bote a panela no fogo.

Não nesse que é meu,

nem naquele que é dele.

Ache seu fogo e faça o seu!


Óleo quente, alho e cebola nele.

Refoga tudo sem queimar.

Olha o tempo, temos que servir

ou vamos ouvir gente gritar.


Desliga o fogo, joga o creme de leite,

mexe tudo bem mexido e pede

uns quatro tabuleiros pra terminar.

Porra, manda esse cara parar de gritar.


Batata doce cobrindo o fundo,

Batata da terra sobre elas,

depois o molho do creme cobrindo tudo

Repete até encher, seu burro.


Forno preparado, pano arrumado,

tabuleiros cheios e encaixados

Hora do cigarro, não!

Hora de cortar o pão...

Um comentário:

e disse...

q fructíferas las clases avurridas
pròximament, una secció poètica en català!;)