
o dedo falha, quando
o olho fecha, quando
se tropeça?
O que sobra onde
tudo morre, onde
o que há explode, onde
nem erva daninha?
O que sobra por que
não acorda, por que
não volta, por que
não há?
O que sobra como
lixo de rico, como
sol de estio, como
chuva rala?
O que sobra, no que
está verde, no que
não vem agora, no que
só se atrasa?
As perguntas
só causam
mais perguntas.
Melhor a ignorância
completa,
a cegueira discreta,
à saída.
Nenhum comentário:
Postar um comentário